domingo, 27 de fevereiro de 2011

amo-te.

aquilo que sinto, continuo a abafar
não é vergonha de te amar,
é medo de to mostrar
é por isso que o que tenho para te dar,
não quero, nem vou guardar.
só ando a adiar,
o dia em que to vou entregar.
desta vez quero ver o teu olhar,
e depois vais-me beijar
e eu vou tentar não chorar,
não é de dor, mas tens que me abraçar.
todos os dias quero gritar
tudo o que por ti continuo a sonhar,
e vou-to revelar,
ao longo da tua vida, só te quero agradar
e quero sempre te acompanhar.
entretanto, vou aguardar,
aquilo que quero de ti, um dia vai chegar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

desabafodedoismileonze.

apetece-me escrever, escrever tudo o que me vier à cabeça, desabafar.
tenho saudades de ser criança, de ser tudo lindo, perfeito e maravilhoso e de eu me sentir feliz fosse com que brincadeira fosse, a minha felicidade baseava-se no amor, no que recebia e no que dava. agora, é tudo diferente, o amor é que me dá dores de cabeça, é o amor que me faz chorar. e não me refiro a namorados e paixonetas, não. refiro-me a amor, amor verdadeiro. graças as deus, tenho um namorado normal, estúpido até dizer chega, mas lindo e que me faz muito feliz, mas não é disso que quero falar. aliás, não quero falar, quero revoltar-me! estou farta de ser culpada da infelicidade dos outros, estuou farta que me culpem de tudo o que acontece de mal, seja onde for. não chega?
eu já disse e volto a dizer, não quero nada, só quero paz, é demais?
quero estar sozinha e não ter necessidaade de chorar, quero falar com eles e não ter vontade de os esmurrar, quero conseguir falar com eles, mas até a necessidade de chorar, a vontade de os esmurrar e o facto de não conseguir falar com eles, é culpa minha, claro. quero crescer rápido, ter a minha vida e fazer o que quiser na minha casa. deitar-me no sofá quando me apetecer, ver televisão quando eu quiser, estender a minha roupa toda no estendal e ninguem ir lá mexer, quero beber leite quando eu quiser, quero fazer as coisas básicas sem ninguém me chatear, sem ninguém me culpar de nada.
um dia arrependeste de como me fazes sentir. e nessa altura, fica com ela, com o teu sofá monopolizado, com o teu frigorifico vazio e com a tua consciência pesada. amo-te.

penso e escrevo.

estou farta de ser a pedra no caminho,
faço um esforço para não te deixar sozinho.
fecho-me no meu cantinho
penso, escrevo e percebo que tenho é medo.
quero o meu lugar, nunca tive um
quero ter um lugar diferente do que tens tu.
todas as discussões têm algo em comum,
penso, escrevo e percebo que tenho é medo.
não peço a lua, nem o mundo, só paz.
cada vez que me aproximo, algo me puxa para trás.
estou farta de viver num mundo de coisas más,
penso, escrevo e percebo que tenho é medo.